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PALAVRA DO MESTRE: RECOMENDAÇÕES SEMPRE OPORTUNAS

(Trecho significativo da pregação realizada no dia 28 de agosto de 1953, entre os Irmãos Obreiros da Regional de Petrópolis-RJ, proferida pelo Venerável Mestre Yokaanam:., na então sede provisória daquela Casa da Instituição. Extraído da obra “O Cristianismo Reúne, não Divide!”. São recomendações sempre oportunas, agora recordadas, ao ensejo da passagem de mais um aniversário de fundação de Nossa Casa instalada na acolhedora cidade de Petrópolis).


Por tudo isso, temos que conversar... Conversar, Irmãos meus, para cuidarmos unicamente da nossa vida interior, cuidar dos nossos problemas espirituais e morais, das disciplinas indispensáveis a cada um, cuidar da guarida que o nosso coração deve preparar para as boas ações e exemplos diários, de vez que para as más ações não precisamos de ter cuidado em conservá-las no coração, porque estão à sua porta a qualquer momento, senão que devemos ter a preocupação mais decidida de expulsá-las a todo momento, quando os nossos descuidos permitem que elas se esgueirem pelos desvãos de nossa mente... e se infiltrem na nossa alma...


Assim sendo, é forçoso chamar a atenção dos nossos Irmãos, ao mesmo tempo em que os felicito... àqueles aos quais venho reencontrar aqui, lutando com coragem e paciência para sobreviver a essa jornada difícil, de fôlego e sacrifício nobre. Venho mesmo saudar, com esse afeto que só o coração pode traduzir, aos Obreiros que, a despeito de todas as amarguras, de todos os insultos, incompreensões, infâmias, assaltos, ciladas, tudo, alertas e confiantes guardam a esperança e alimentam a chama no coração do Cristianismo puro vislumbrado pelo meu Mestre, continuando a lutar por esse ideal que a nossa bandeira reergue agora e proclama aos quatro ventos dos longes da Terra.


É cuidado precípuo do nosso coração, como sagrado dever de dignos Obreiros Fraternários e Ecléticos, viver ciosamente, em qualquer parte, esse esforço permanente e amorável de combater e reagir, corajosa e piedosamente, contra tudo o que possa comprometer a causa do nosso Mestre, e, portanto, que não corresponda às atitudes leais e limpas do verdadeiro Cristão, acima dos partidos religiosos que infelicitam o Cristianismo!


É preciso que os nossos Irmãos em comum trabalhem em harmonia imperturbável, seja como for, despreocupados daquilo que os outros dizem... Não se importem com os maledicentes... levianos murmuradores, cuja língua lhes servirá de chicote um dia, infalivelmente... São como cães que ladram à lua... É preciso que os Irmãos cuidem do seu coração seriamente... e vejam o que estão fazendo, todo dia, uns contra os outros... Observem sua própria conduta defeituosa, errada, profana e, quase sempre, pior do que a dos ateus... e deixem a vida alheia, porque – não se esqueçam! – quem com ferro fere, com ferro será ferido!...


É preciso que também os Irmãos se amem e trabalhem harmonicamente, apesar dos senões e pequenos incidentes, se é que desejam mesmo ganhar mérito de não ser joio e de trabalhar pelo bem da Obra do nosso Mestre Maior, que não é nossa... Vejam que nossa Casa não pode, de modo algum, ser transformada em mais uma tendinha – onde as criaturas, antes de respeitarem as leis divinas e de se reformarem, vão exibir apenas suas vaidades, caprichos e interesses mesquinhos e mercenários com a sua autoridade mundana... – mas, sim, uma Instituição honrosa e modelar pelos seus componentes empenhados numa conduta invejável, fraterna, piedosa, paciente e amorosa, agindo sempre em conjunto, lutando por sufocar seus apetites, ciúmes, invejas, rancores e sentimentos inferiores, numa linguagem sempre moderada, inclusive para dizer o que sentem ou não convém manifestar, fruto de educação defeituosa que receberam em suas casas, e gerando maus hábitos, não aprenderam a combater para viverem em sociedade...


Então, assim, trabalhem como verdadeiros espiritualistas, mais com o esforço de sufocar esses apetites, do que deixá-los servir de motivo de conflito e desarmonia com seus Irmãos, com os quais têm obrigação imperdoável de viverem em paz e trabalhar com eles, unidos pelo bem de todos e da Obra do nosso Mestre Maior.


Convém que os Irmãos observem o seguinte: Já tive, inúmeras vezes, oportunidade de chamar a atenção de todos da Casa, que cabe aos mais velhos a responsabilidade grave dos melhores exemplos, por isso mesmo parecendo aos demais, aos mais novos, que as minhas exigências com eles levam o travo de certo rigorismo duro... exagerado. Mas, observem... é deles que devem partir os alicerces modelares dos nossos postulados, como graduados e mais velhos que devem manter a dignidade e a honra dos nossos ideais como roteiro sagrado para os demais. A eles cabe a melhor conduta, a melhor exemplificação de renúncia, paciência, altruísmo, lealdade, elevação moral nas atitudes e práticas da eclética fraternidade que apontamos ao mundo, com caridade ampla e generosidade construtiva à toda prova. Porque, do contrário, não poderão servir, também, como as demais religiões transviadas, de exemplo e de condutores para ninguém, especialmente para os seus Irmãos menores.


Não poderemos jamais ensinar união, fraternidade e concórdia aos outros, se vivermos divididos por ódios, ciúmes, rivalidades e divergências profanas dentro dos nossos muros!...


MESTRE YOKAANAM:.




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